Autor(a): SOUZA, Beatriz de Cruz e Nunes de.
Ano: 2012
Orientador(a): Prof. Luís Fernando Weffort
Palavras chave: Estética; Cinema; Clube da Luta; Homem; Duplo.
Referência bibliográfica: SOUZA, Beatriz de Cruz e Nunes de. A realidade na ficção de Fight Club. 2012. Monografia – Ensino Médio, Colégio São Domingos, São Paulo, 2012.
Resumo:
Esta monografia não trata das inovações, descobertas ou visões estéticas do filme Clube da Luta, mas, sim, das concepções, arrumações e ‘chaves’ que a obra nos oferece para outras percepções de natureza filosófica. O objetivo deste trabalho é discutir o grande mérito de Clube da Luta, a saber, o potencial de realidade desta ficção e a possibilidade que ela nos oferece de refletirmos sobre as relações nas quais nos inserimos. A capacidade de provocar é, sem dúvida, uma grande vantagem do filme. Tal capacidade se revela de forma exemplar no clímax dramático desta obra: o enfrentamento do Narrador com Ele mesmo. Explorar o simbolismo deste episódio e seus desdobramentos filosóficos é o objetivo central deste trabalho monográfico. Para tal análise se concretizar, foram utilizadas diversas correntes filosóficas e científicas. A utilização do pensamento de Friedrich Nietzsche, por exemplo, foi direcionada para a explicação da sociedade (no seu aspecto moral e ético) e como essa sociedade corrompe o homem, “filho autêntico de seu tempo”. Na tentativa de se entender um pouco mais sobre este homem foram utilizadas as ideias Sigmund Freud (explicar como o psique do homem, em si, já é dupla – ID e Super-Ego). Claro que outros pensadores apareceram na
monografia, como por exemplo, Marilena Chauí e Karl Marx. Assim, este trabalho está dividido em três etapas: a sociedade, o homem (e seu duplo) e a conclusão. Em todo o trabalho o argumento de que há realidade na ficção do filme é destacado para dar clareza à conclusão: se não houvesse a intenção de transparecer que o homem é um ser corrompido pela sua sociedade e cultura, não haveria por que fazer o personagem principal duplo. A lógica dramatúrgica suportaria um script onde Tyler e o Narrador fossem duas pessoas diferentes. Logo, esta conclusão nos leva a pensar que o filme é uma grande metáfora sobre as nossas vidas, não explorada pela maioria dos espectadores devido à falta de aprofundamento das questões apresentadas no filme.
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